terça-feira, 2 de dezembro de 2008

As amostras de hélices

Assim como os poppers e passeantes, as amostras de hélices foram concebidas para a captura do largemouth bass, conhecido entre nós como achigã.


Apesar de ter sido com os passeantes que me iniciei na pesca à superfície, as amostras de hélices fazem também parte das minhas favoritas.
Caracterizam-se por atrair bastante a atenção de grandes exemplares e pela agressividade dos ataques que produzem.
Geralmente costumam ser utilizadas com algum mar, pois deslocam-se de uma forma pouco discreta.
As primeiras que adquiri foram as baraka da marca sert (primeiras a contar de cima). Têm para mim dois problemas: o salitre introduz-se nas hélices e no veio onde estas trabalham, ainda que convenientemente lavadas, alterando o seu bom funcionamento; são afundantes, o que em certas situações é uma desvantagem. Possuem no entanto rattler.

As minhas favoritas são as famosas big big da marca ragot. Lançam-se bem, são flutuantes, resistentes e as hélices não sofrem do problemas das primeiras. Não possuem rattler.
Como principal desvantagem, não vêm de origem equipadas com anilhas. Por outras palavras a união anzol-amostra é feita diretamente. Isto pode ser uma desvantagem para peixes saltadores, pois a amplitude de movimentos que o triplo executa nas acrobacias do peixe, é mais limitada. Os anzóis de origem também são fracos para algumas espécies.


Não deixa de ser curioso o facto de em Portugal estas amostras serem muito pouco utilizadas. Para falar a verdade, associa-se sempre a palavra passeante à pesca de superfície.
No que me toca, não tenho prazer em seguir modas e em fazer aquilo que meio mundo está a fazer ou a utilizar. Neste sentido, acabo sempre por aconselhar-me com amigos experientes e a ler muito para experimentar técnicas que poucos praticam.
Estas amostras são em determinadas ocasiões muito efetivas para robalos de porte, e também para o mais emblemático predador de superfície: as acrobáticas anchovas.

S. Ferreira