sábado, 26 de janeiro de 2008

Nós essenciais - Palomar

Nó para unir a linha às amostras ou a snaps
1 - Faz-se uma laçada

2 - Passa-se a laçada pela argola da amostra ou pelo snap

3 - Dá-se um nó simples na laçada

4 - Passa-se a laçada obtida pela amostra/snap

5 - A laçada regressa à zona de finalização do nó.


6 - Lubrifica-se e encerra-se o nó.


S. Ferreira

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Nós essenciais - Albright

Nó utilizado para unir linhas (multi com mono).

1 - Faz-se uma laçada

2 - Passa-se o multi pela laçada.

3 - Prende-se a extremidade com o polegar e indicador
4 - Executam-se as voltas (neste caso da esquerda para a direita da imagem).
5 - A ponta da linha (multi) volta a saír.

6 - Saída da linha.

7 - Puxam-se as 4 extremidades
8 - Encerra-se o nó (parte 1)

9 - Encerra-se o nó (parte 2)

10 - Aperta-se e cortam-se as pontas.


S. Ferreira

A importância das argolas das amostras

No spinning, e na pesca de algumas espécies, há um pormenor muitas vezes descurado pelo principiante ou pelos indivíduos menos atentos: as argolas que ligam as amostras aos triplos.

No nosso país encontram-se à venda modelos de amostras/cores que foram criados originalmente para peixes de água doce (freshwater). As argolas destes caracterizam-se por ser menos robustas e resistentes. Face a situações extremas ou com certos peixes mais potentes, paga-se a factura: perdemos o exemplar devido à abertura total das argolas, ou então este transforma as argolas em biscoitos (ver próxima foto).


As argolas devem ser sempre proporcionais ao fim a que se destinam.


S. Ferreira

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Minhoca branca

Verme anelídeo de dimensões médias (ver foto).
É capturado em fundos de lama, areia ou mistos. Outrora muito abundante e pouco conhecido, a pesca de competição encarregou-se de divulgar as suas potencialidades e consequentemente a sua procura. Como resultado, estas minhocas começaram a ser comercializadas tendo progressivamente entrado em regressão, uma vez que não existe qualquer controlo na sua apanha.
Isco letal na pesca de robalos, bailas, sargos, ferreiras, douradas, etc. Costuma ser utilizado na pesca de fundo ou na pesca com bóia de correr. Há quem utilize agulha para iscar, mas desta forma perde a sua vitalidade e obviamente o seu potencial de atracção.

Conservação imediata após a captura

À medida que vão sendo capturadas devem-se manter numa embalagem de plástico com água, tendo o cuidado de não as misturar com mais isco nenhum.

Conservação

Deve-se utilizar para o efeito uma embalagem de plástico comprida (com tampa).
Enche-se a embalagem até metade com água do mar limpa e colocam-se nesta as minhocas. O número de vermes a colocar terá que ser sempre pouco elevado, pois caso contrário o seu tempo de vida será mais limitado. Deverão ter-se sempre uma ou duas garrafas de água do mar de 1,5 l, no frigorífico à mesma temperatura para reposição. Em caso algum se devem fazer as substituições com água à temperatura ambiente.Nos primeiros dias dever-se-á dar uma maior atenção à água, porque nesta fase, costumam sujá-la muito (esta rapidamente muda de transparência). Sempre que se verifique que a água não está transparente, deverá ser imediatamente eliminada e substituída por água nova e limpa.No que diz respeito às minhocas, sempre que se encontre uma morta, teremos que a remover para evitar que todas as restantes acabem por morrer também. Para o efeito utiliza-se um palito. As minhocas nunca deverão ser manuseadas com as mãos.A caixa deve ser mantida na parte menos fria do frigorífico. Em acção de pesca mantenha sempre a água do recipiente das minhocas, limpa.
Se não as gastar na totalidade, traga-as novamente para casa, coloque-as no frigorífico e siga o processo mencionado anteriormente.Se forem seguidos estes conselhos, as minhocas manter-se-ão vivas durante meses, até que sejam utilizadas na sua totalidade."
Mudem a água com frequência.

Camarinha


"Palaemonetes varians" - crustáceo extremamente versátil e abrangente para a quase totalidade das espécies marinhas.

Distingue-se da outra espécie de camarão utilizado também como isco (camarão de espinho) pela ausência de riscas e por apresentar uma menor rigidez.
É um isco excelente para a captura de sargos, robalos e bailas, nomeadamente na pesca de bóia ou de fundo ligeira.
Encontra-se em zonas de ria ou em estuários, sendo facilmente capturável.

Conservação imediata após a captura:

Um dos maiores erros cometidos, consiste na escolha inadequada do recipiente/material utilizado para acondicionar estes crustáceos imediatamente a sua captura.
Ao serem retirados do camaroeiro, trazem muita água. Deve-se possuir obrigatoriamente um pequeno cesto de cana para os ir colocando, o que permitirá mantê-los vivos e simultaneamente eliminar a água que trazem consigo.

As outras regras de ouro são nunca os colocar em qualquer caso sob exposição directa da luz do sol e mantê-los a temperaturas não muito altas.

Conservação

A conservação destes crustáceos vivos, até que sejam utilizados na pesca, não apresenta quaisquer dificuldades. Deve-se utilizar para o efeito uma caixa de madeira ou de plástico comprida.
De Inverno basta colocar um pano no fundo da caixa mencionada e colocar os camarões sobre o pano dobrado, tendo o cuidado de não deixar na caixa uma quantidade exagerada de crustáceos.


Como alternativa ao pano, pode-se pôr uma camada de folhas de madeira de pinho (maravalhas) colocando depois uma pequena camada de camarões em cima e assim sucessivamente, tendo cuidado para não exagerar na quantidade de crustáceos colocados. Pessoalmente gosto mais de utilizar o pano, porque evito perder tempo em acção de pesca a procurar os camarões nas maravalhas.

De Verão nunca se devem colocar os camarões no pano, porque morrerão facilmente. O melhor sistema de conservação é a utilização de maravalhas. Nesta altura do ano a preocupação de os manter no fresco deverá ser obviamente vital.
As caixas com os camarões devem ser mantidas na parte menos fria do frigorífico até à sua utilização.
O tempo de vida destes pequenos crustáceos fora do seu meio, é de 3-4 dias (por vezes mais).

Caso não utilize os camarões, dê-os a um amigo para pescar ou então volte a libertá-los numa zona onde estes possam sobreviver: congelados perdem toda a sua eficácia e é uma lástima matá-los desnecessariamente.

S. Ferreira

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Captura e devolução















O achigã (Micropterus salmoides) foi introduzido no nosso país por volta nos anos sessenta.
Desde aí, conheceu uma dispersão sem limites de norte a sul.
No meu ponto de vista, o sul do país necessitava deste peixe nas suas águas, porque se tratava de um predador de topo, que iria promover a selecção das várias espécies de ciprinídeos autóctones (a carpa não é autóctone). Tratava-se de um peixe combativo caracterizado por dar saltos acrobáticos durante o ataque às amostras artificiais e nos instantes seguintes à luta.
Os anos 70 e 80 foram o período de ouro para pescar este peixe. Algumas barragens possuiam exemplares com um tamanho muito acima da média europeia. Com a introdução das modernas técnicas de pesca Americanas e a sua grande divulgação, assistiu-se a um decréscimo dos efectivos deste peixe nalguns locais mais emblemáticos (ex: Sta. Clara).
Neste período os peixes com mais de 3 kg eram abundantes e utilizando técnicas selectivas, os exemplares grandes estavam acessíveis. Na altura a devolução do peixe após a captura não era um procedimento muito usual.
Se entrarmos em conta com as delapidações prepetuadas pelos indivíduos que utilizavam peixe vivo, vamos entender a diminuição que se seguiu a este período inicial.
Estes ecossistemas de águas paradas são terrivelmente vulneráveis e sem entrarmos em conta com a fiscalização e repovoamentos inexistentes, o panorama não tem sido nada animador...
A captura e solta é hoje em dia uma prática corrente para muitos Portugueses.
Tendo em conta o que referi anteriormente, para conseguirmos manter este fantástico peixe desportivo nas nossas águas durante muitos anos, teremos sem qualquer dúvida que manusear correctamente os exemplares pescados e devolvé-los o mais rapidamente possível (e adequadamente) ao seu meio.
Actualmente faço-o a 100% com os reprodutores, pois a remoção destes dita a regressão das populações. Guardo a luta proporcionada na minha memória e as fotos que congelaram o exemplar no meu banco de dados.
A libertação deve ser também encarada como um agradecimento nosso, ao exemplar que nos proporcionou aqueles momentos únicos.
A pesca não deve ser vista como uma actividade da qual teremos que ter necessariamente um retorno; a pesca é uma libertação e uma actividade que nos permite fazer parte integrante da natureza. E como nós humanos já nos apercebemos, fazemos parte desta última. Destruindo-a, estamos a destruir-nos a nós próprios.


S. Ferreira