domingo, 18 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A corvina (Argyrosomus regius) é uma das espécies mais emblemáticas da costa sul Portuguesa.
É frequente em estuários ou em zonas de recife e atinge grandes tamanhos. Os fundos que estes peixes frequentam podem ser mistos, de pedra, de areia ou ainda de lodo.
São peixes de cardume e geralmente de hábitos noturnos.

As corvinas são peixes poderosos que chegam a ultrapassar os 50kg. São capturadas essencialmente com isca viva: caranguejo, lula, choco, cavala, etc.
Como para qualquer peixe grande, o material a utilizar deve estar à altura, o que não implica necessariamente a utilização de conjuntos potentes que retiram todo e qualquer prazer à captura. Para além de serem capturadas com isco vivo, podemos ainda procurá-las com artificiais adequados.
Uma vez ferradas, caracterizam-se por uma luta potente - arranques repentinos e contínuos, nos quais costumam levar por vezes muita linha . Em certos cenários é imprescindível manter a calma e algum sangue-frio, para evitar perder a captura. Ferrar uma corvina é uma coisa, mas consumar a captura, é outra!


Com a criação de várias zonas de recifes artificiais ao longo da costa Algarvia, houve condições para o aumento dos efetivos da espécie.
Infelizmente, a armação de atum existente (que se destina a capturar tudo o que nela entra) tem sido responsável por autênticas chacinas desta e de outras espécies (inclusive algumas protegidas, como o peixe-lua), com o conhecimento das autoridades. Para além disso a pesca anárquica feita por pescadores à linha, nas zonas de recife, sem qualquer tipo de controlo, também contribui e muito para um futuro pouco promissor da espécie, em águas Portuguesas.
Esperemos que com a futura interdição das mencionadas zonas de recife, lhes seja dada uma oportunidade de sobrevivência e de futuro. Enquanto isso, a armação continua a fazer estragos diariamente.

SF