Num desporto que fomenta cada vez mais a preservação das espécies e se implementa a captura e devolução, os troféus de big game ou pesca grossa continuam a salientar-se pela negativa.
Competição que se preze, exibe sempre (ao estilo espetáculo deprimente) pelágicos mortos pendurados. Dizem que é o que atrai as pessoas…
Não sou, nem nunca serei, apologista de eventos deste tipo. Muitos pensam como eu. Em vários países do mundo estes peixes são protegidos, sendo absurdo a ostentação/exibição de peixes mortos.
São animais belos; o seu valor em vida é muito superior do que depois de mortos.
Como diz um amigo meu, sendo exemplares com muitos anos e estando no topo da cadeia alimentar, acumulam uma série de metais pesados nos seus tecidos, que não os tornam de modo algum “seguros no prato”.
O Naval de Olhão é e continuará a ser uma instituição que produz fornadas de campeões (nacionais e mundiais). É uma entidade de muito prestígio com méritos mais que reconhecidos. Não precisa de exibições decadentes para se continuar a afirmar no mundo da pesca desportiva.
Quando em competições similares, é feita uma cobertura televisiva extensiva e a mesma exibida para os milhares de adeptos, em Portugal trazem-se troféus mortos para terra, para alimentar egos, eventos ou simplesmente satisfazer os patrocinadores.
Os barcos que matam são sempre os mesmos, assim como os pretextos apresentados: o peixe enrolou-se na linha, combateu muito tempo porque se utilizou uma linha fina para bater um recorde (impossibilitando a sua devolução), etc., etc.
Não deixa de ser curioso o relato alusivo à prova (site da EFSA) afirmando que a filosofia desta entidade é libertar, salvaguardar e preservar e que apenas foram exibidos 2 peixes nos dois dias de pesca…curiosamente, um dos peixes exibidos (espadim-azul) era o maior…alimentava melhor o ego e ficava ainda melhor na foto…
Espadim-azul:
http://www.efsaportugal.pt/images/stories/efsa2009/12.equipa%20jocanana.jpg
Espadim-branco:
http://www.efsaportugal.pt/images/stories/efsa2009/jogui_espadim%20branco.jpg
Numa das minhas deslocações ao Naval, Rui Gomes (ex-campeão do mundo) perguntou-me: “Queres ver o vídeo da captura do Espadim-azul?”
Respondi-lhe: ”O peixe que mataram? Não, obrigado!”
Espero nos próximos anos continuar a ouvir falar de eventos que prestigiem tão nobre entidade (Naval de Olhão), mas sem morte e espetáculos decadentes e deprimentes que só alimentam o ego dos pobres de espírito e nada contribuem para a dignificação da pesca e da preservação dos mares. Assim se deseja.
SF
Competição que se preze, exibe sempre (ao estilo espetáculo deprimente) pelágicos mortos pendurados. Dizem que é o que atrai as pessoas…
Não sou, nem nunca serei, apologista de eventos deste tipo. Muitos pensam como eu. Em vários países do mundo estes peixes são protegidos, sendo absurdo a ostentação/exibição de peixes mortos.
São animais belos; o seu valor em vida é muito superior do que depois de mortos.
Como diz um amigo meu, sendo exemplares com muitos anos e estando no topo da cadeia alimentar, acumulam uma série de metais pesados nos seus tecidos, que não os tornam de modo algum “seguros no prato”.
O Naval de Olhão é e continuará a ser uma instituição que produz fornadas de campeões (nacionais e mundiais). É uma entidade de muito prestígio com méritos mais que reconhecidos. Não precisa de exibições decadentes para se continuar a afirmar no mundo da pesca desportiva.
Quando em competições similares, é feita uma cobertura televisiva extensiva e a mesma exibida para os milhares de adeptos, em Portugal trazem-se troféus mortos para terra, para alimentar egos, eventos ou simplesmente satisfazer os patrocinadores.
Os barcos que matam são sempre os mesmos, assim como os pretextos apresentados: o peixe enrolou-se na linha, combateu muito tempo porque se utilizou uma linha fina para bater um recorde (impossibilitando a sua devolução), etc., etc.
Não deixa de ser curioso o relato alusivo à prova (site da EFSA) afirmando que a filosofia desta entidade é libertar, salvaguardar e preservar e que apenas foram exibidos 2 peixes nos dois dias de pesca…curiosamente, um dos peixes exibidos (espadim-azul) era o maior…alimentava melhor o ego e ficava ainda melhor na foto…
Espadim-azul:
http://www.efsaportugal.pt/images/stories/efsa2009/12.equipa%20jocanana.jpg
Espadim-branco:
http://www.efsaportugal.pt/images/stories/efsa2009/jogui_espadim%20branco.jpg
Numa das minhas deslocações ao Naval, Rui Gomes (ex-campeão do mundo) perguntou-me: “Queres ver o vídeo da captura do Espadim-azul?”
Respondi-lhe: ”O peixe que mataram? Não, obrigado!”
Espero nos próximos anos continuar a ouvir falar de eventos que prestigiem tão nobre entidade (Naval de Olhão), mas sem morte e espetáculos decadentes e deprimentes que só alimentam o ego dos pobres de espírito e nada contribuem para a dignificação da pesca e da preservação dos mares. Assim se deseja.
SF