terça-feira, 13 de abril de 2010

Octopus vulgaris



O polvo é um dos cefalópodes mais comuns da costa Algarvia.
Dotado de inteligência, este molusco fascinante percorre os fundos costeiros marinhos capturando com os seus oito tentáculos as presas com que se alimenta: crustáceos, bivalves e peixes. Não hesita em sair de água para consumar as capturas ou para encontrar outro território.
A sua capacidade de se confundir com o meio é lendária, assim como a de passar por fendas excecionalmente estreitas.
Muito abundante no passado, a pressão de pesca contribuiu para a diminuição da sua população.
É vulgarmente capturado à linha com toneiras, palhaços e agora com toneiras japonesas artilhadas com um caranguejo de borracha.
As artes tradicionalmente utilizadas são os covos e alcatruzes. Nos últimos anos assistiu-se à proliferação dos alcatruzes de plástico. Estes, uma vez perdidos, vieram a constituir uma importante fonte de poluição das praias. É caso para dizer que o imbecil do legislador que permitiu a utilização deste material, devia ser condenado a passar o resto da sua vida a recolher os alcatruzes perdidos que dão à costa...
Voltando ao polvo, as chacinas são feitas tanto pelos profissionais, como pelos amadores. Em termos percentuais são sem dúvida os últimos os maiores inimigos dos pequenos polvos, capturando-os em grandes quantidades ao mergulho ou à linha.
As medidas de conservação passam por períodos de defeso anuais e mão pesadíssima da autoridade marítima, para todos os que não respeitam o tamanho legal de captura (750 g).

A título de curiosidade, Santa Luzia é a capital Portuguesa do polvo e este é o principal sustento dos habitantes desta pitoresca vila.

*o exemplar da foto não foi capturado

SF

2 comentários:

Esox Fever disse...

Buen artículo.

El pulpo es un animal asombroso, con una capacidad cerebral muy por encima a la de muchos mamíferos.

S. Ferreira disse...

Olá, Andoni!
Sem dúvida. Os polvos são animais fantásticos e de uma grande beleza.

SF